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Pela Valorização da Intelectualidade dos Professores

No dia dos Professores, nós, do Projeto Freire, nos dedicamos a falar sobre valorização docente. Afinal, sabemos que melhores condições de trabalho e de vida são essenciais para a prática pedagógica e para a saúde física e mental dos professores.

Hoje, continuando este tema, gostaríamos de abordar mais uma questão: a valorização da intelectualidade dos professores.


Não é raro vermos, tanto na mídia quanto no próprio ambiente educacional, o lugar de fala sobre educação ser conferido a outros profissionais: médicos, psicólogos, economistas, políticos, entre outros. O contrário, entretanto, não acontece, você já reparou? Quantos professores vemos falando sobre Economia ou Medicina na televisão? Provavelmente nenhum!


É claro que, como educadores conscientes, consideramos a educação como um aspecto humano plural, que abrange diversas áreas do conhecimento. Todavia, é necessário também nos perguntarmos: por que os professores aparecem tão pouco nesses locais privilegiados de fala?

Estudamos durante anos especificamente sobre Educação e temos competência para ocupar estes lugares e, além disso, para termos autonomia!


Os professores têm capacidade de pensar e elaborar, em conjunto, suas próprias propostas curriculares e formas de avaliação, vinculando-as às demandas contextuais e o potencial das comunidades educacionais.


Assim, quando os modelos prontos de "educação", como a Base Nacional Comum Curricular e as avaliações de larga escala, são importados e impostos, há um desrespeito à autonomia e à intelectualidade docente.


Além disso, não faltam em nosso país pesquisadores e professores de universidades públicas que se dedicam à Educação em seus diversos âmbitos, desde Neurociências até Financiamento Educacional.

Como outras áreas, o processo de educar é extremamente importante e exige muito estudo por parte de seus profissionais, além de reflexão diária sobre sua prática.


Afinal, professores fazem muito mais do que instruir, pois Educação é, fundamentalmente, FORMAÇÃO HUMANA.




"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." (Paulo Freire - Pedagogia do Oprimido)

Referências:

AFONSO, A. J. Escola pública, comunidade e avaliação: resgatando a avaliação formativa como instrumento de emancipação. In: ESTEBAN, M. T. (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.:

ALVES, N. Sobre a possibilidade e a necessidade curricular de uma base nacional comum. In: Revista e-Curriculum. Dossiê Temático: Debates em torno da ideia de bases curriculares nacionais. São Paulo, v. 12, n. 03 p.1530 - 1555 out./dez. 2014 Programa de Pós-graduação Educação: Currículo – PUC/SP. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/issue/view/1331

DEPRESBITERIS, L. Instrumentos de avaliação: reflexões sobre seu significado. In: MELO, M. (org.). Avaliação na educação. Pinhais: Editora Melo, 2007.

HOFFMAN, J. Por uma escola de qualidade. In: HOFFMAN, J. Avaliação mediadora. Porto Alegre: Editora Mediação, 2000.

LOPES, A. Apostando na produção contextual do currículo. In: AGUIAR, Márcia Ângela; DOURADO, Luiz F. (orgs.) A BNCC no contramão do PNE. Recife: ANPAE, 2018.

MACEDO, E. A base é a base: e o currículo o que é? In: AGUIAR, Márcia Ângela; DOURADO, Luiz F. (orgs.) A BNCC no contramão do PNE. Recife: ANPAE, 2018.



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